quinta-feira, 28 de junho de 2012

Eu e minha hospede, minha hospede e eu.

Insegurança bateu na porta
e eu abri e disse:
- entra, você já é de casa.
- e não é? já que estou aqui - ela disse -
quero um pouco da sua força
pra misturar no café.

Conversamos um pouco
principalmente sobre o porquê dela não me largar
quando perguntei, ela respondeu:
- eu não quero, em você tenho um lar.

E assim, anos depois da conversa
a barraca da insegurança ainda tá pronta
e de vez em quando bate de frente com meu coração
não consigo botar ela pra fora
e não lhe cobro explicação.

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