sábado, 5 de maio de 2012

It will hurt, has to hurt


Cansei de importar e dar o mundo por quem não dá nem um dedo mindinho pra mim. Cansei de passar noites em claro, chorando que nem condenada, esperando(em vão) as pessoas criarem um coração. Cansei de ficar fazendo de tudo para as pessoas, para elas falarem que eu me afasto, que eu mudei quando eu sempre sou a mesma, estou sempre dando uma de idiota, esperando a boa vontade das pessoas chegar. Essa furona.

Tem que doer, mas nunca me avisaram que teria que doer tanto a chegar no ponto de ser insuportável. De dar vontade de me rasgar inteira, de chorar até secar. Então eu choro, choro muito, alago "a porta aberta, o caos, o cais", desejando que a dor passe junto com as lágrimas mas ela não vai embora, ela se demora, ela senta do meu lado e juntas tomamos chá. E eu odeio chá. E a dor também. Então depois de se hospedar um tempo que parece não acabar nunca, ela arruma suas coisas e vai embora da minha casa, da minha vida. E (com toda a graça do mundo) não manda mais carta nem notícia.

Porém, no momento em que encontro-me, parece que a Dor decidiu estabelecer moradia fixa e não me largar nunca mais. Pois é, ouvi rumores de que o serviço de quarto é muito bom.

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